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MARTINHO BRUNING 

( Tubarão – Santa Catarina, Brasil )

 

O escritor Martinho Bruning nasceu em 1921 em Tubarão, no Sul do Estado. Formou-se em Filosofia pela PUC, de Porto Alegre. Por muitos anos morou em Blumenau, onde sempre sentiu-se em casa. A dedicação à poesia só aconteceu na década de 1970, após a aposentadoria no serviço público federal. O primeiro livro - “O Mesmo Canto Natural e Outros Poemas” -, publicado em 1980, até hoje é reconhecido como sua principal obra.

O poeta haicaísta Martinho Brüning (1921-1998), que publicou 15 livros em Blumenau e a família criou uma página: https://www.facebook.com/MartinhoBruning/

 

BRUNING, Martinho.  Meditações.   Florianópolis: Edições SANFONA, 1989 [folha  dobrada em quatro páginas]   São  14 folhetos em uma caixa de plástico)  Tiragem 200 exemplares.  
Ex. bibl. Antonio Miranda

 

3

A presença do homem a suas história.
O tempo que destrói as rochas
não destrói o homem.

Ele aqui escreve:
nestas cavernas...
neste campo...
neste litoral...
Ergueu um templo...
plantou árvores...
pintou uns bisontes
(milênios antes de Picasso!)
Ele está em toda parte,
para o bem e para o mal
— Átila, rei dos Hunos!
Também os que erram (tantas vezes nós).
é paradoxal (nós somos paradoxais!):
constroem o futuro,
dão fruto.
Um fruto que cai
— flor que abriu e que abrirá:
comer desse fruto.

 

5
O que tem de vir virá,
no devido tempo virá,
no momento certo,
como um nascimento.
(Saber esperar!)

Aqui estou,
aqui estás,
estranho cada um para si
e estranhos um para o outro
—uns espantalhos numa plantação
a se olharem mutuamente
espantados,
inúteis espantalhos
onde chopins e rolas vêm pousar
sem nenhum espanto,
e que viçosas trepadeiras escondem pouco a pouco;
velhos, rasgados, poídos,
como esse mundo velho...
e tão crianças espontâneas como a primeira luz
quando alvorece,
a qual restaura o mundo.
Agora nascemos.

Para esperar
o grande dia.
Com uma flor na mão
e de braços abertos.

 

7

No fim da enorme biblioteca
de milhares de volumes
e uma calma de cemitério
o trilo fino de um grilo.
(— Ainda há Natureza.)
(— E cantos de biblioteca!)

Caminho, agora, entre árvores
que me dão fruto e sombra
e me darão um último abrigo.
O mundo é justo e bem feito:
eu lhes darei a selva.
Eu... as árvores...
as árvores sabem sobem
a terra é boa
o sol um deus de fogo
ora mais longe ora mais perto
e há essa vontade de viver crescer
o irresistível impulso de expandir-se
em todos os sentidos indefinidamente
em todas as direções...
misturam-se as linhas e as raízes
a seiva e os fonemas
o verde e os meus versos...
No fim de quem o poema?
e isso que importa?!...
meu... das árvores... os grilos...
será teu
que o lês
e passas...

 

*

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Página publicada em outubro de 2021


 

 

 
 
 
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